sábado, 19 de dezembro de 2015

Dançando o RESPEITO

O Pibid - Dança elaborou no segundo semestre de 2015 uma proposta artística inovadora. No intuito de aproximar a escola e a dança, foi proposto que os bolsistas organizassem um pequeno espetáculo que percorreria pelas unidades de ensino de Pelotas e as contempladas foram Escola Dr. Alcides de Mendonça Lima, Escola de Ensino Fundamental Santa Rita e E.M.N.H Dunas.
A ideia partiu de trabalhar a temática "Respeito", e assim, subdividindo os Bolsistas em afinidades com os gêneros de dança (Afro, Contemporânea, Jazz, Danças Urbanas, Ballet e Dança de Salão) pode-se abordar tipos de respeitos diferentes - Gênero, Amor, Cultura, Corpo, Coletividade.
A estreia foi incrível, a receptividade dos alunos melhor ainda, e em cada escola nos deparamos com realidades diferentes, no entanto, através da nossa proposta conseguimos atingir esse público tão variado.
Dança Afro - Respeito à Cultura

Jazz - Respeito ao Corpo



Ballet e Danças Urbanas - Trabalhando o respeito aos gêneros
Dança Contemporânea - Coletividade

Dança de Salão - Respeito ao Amor

























quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

UMA EXPERIÊNCIA COM FORRÓ COM TURMAS DE TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO


Nos dias 23, 24 e 25 de setembro aconteceu e Caxias do Sul o VII Salão de Dança do RS, que contou com a participação de alunos e professores de cursos de licenciatura de todo o estado do RS. Na oportunidade foi apresentado pelo pibidiano Robson Porto, sob a orientação da professora Flávia Marchi, um relato de experiência sobre uma oficina de Dança de Salão ministrada na Escola Areal da cidade de Pelotas RS.


            A oficina foi ministrada por quatro acadêmicos participantes do PIBID DANÇA UFPel para três turmas de terceiro ano do Ensino Médio. Os alunos, com faixa etária entre 16 e 18 anos, em sua maioria, não tinham experiência em dança de salão. De forma a facilitar o desenvolvimento da oficina, os professores regentes das turmas acompanharam a atividade prática.

         

               Na oportunidade, realizamos alguns exercícios de percepção rítmica, buscando bater os pés contra o chão e bater palmas em consonância com a música, de forma a aquecer a musculatura e já entrar em contato com o ritmo e a musicalidade do forró.
            A partir do aquecimento, os alunos foram divididos em duplas para a realização de uma dinâmica, que consistia no seguinte: um aluno da dupla era vendado e o outro passava a ser os olhos de quem estava vendado e guiava o colega pela sala, não permitindo que houvesse choque entre as duplas, de forma a exercitar a condução e a confiança, fatores essenciais para a dança de salão.
            Essa atividade possibilitou aproximar os alunos e falar sobre o contato, que muitas vezes é um tabu dentro das escolas. A partir da atividade, eles praticaram a condução e a recepção da condução sem resistir, pois para eles era uma brincadeira.
            Logo, os conduzidos tiraram as vendas, e começamos a estudar os passos básicos e a transição entre eles, em duplas, que estavam conectadas apenas pelas mãos. Os alunos bem mais relaxados que no início, participaram e se esforçaram para dar conta das solicitações dos ministrantes. Surpreendentemente, os alunos pediram para começar a dançar na posição tradicional de dança de salão, que achávamos que eles resistiriam, o que nos deu a oportunidade de explicar de que forma os condutores e conduzidos se comunicam durante as danças de salão.


           
             Por fim, organizamos os alunos em um grande círculo e provocamos que eles se movessem nesse círculo sem que batessem nas outras duplas, explanou-se sobre o funcionamento de um baile de dança de salão, e permitimos que os alunos dançassem algumas músicas com a orientação dos ministrantes, de forma a experimentar dançar forró como se estivessem em um baile desse gênero de dança.
            Após a realização da prática, pedimos que os alunos comentassem sobre a experiência que tiveram conosco, expressando a forma que se sentiram. Os relatos foram bem interessantes, pois os alunos solicitaram que aquela prática acontecesse de forma regular na escola, que havia se sentindo muito bem, apesar da resistência do início.
   

            A experiência foi de grande relevância para a nossa formação, pois nos colocou em contato com o ensino de dança de salão na escola, de forma a experimentarmos na prática as potencialidades e os limites de trabalhar esse conteúdo na Educação Básica. Com isso reforçamos a necessidade de discutir o tema, uma vez que a dança de salão, devido as suas possibilidades poderia estar mais presente na escola.        


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Mobilização "Somos Todos PIBID - UFPel"

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid) nasceu há 10 anos como uma política de formação e qualificação de professores em todo o Brasil. Entre os diversos ganhos, os mais significativos foram o aumento de professores mais qualificados para atuar em sala, docentes ativos em projetos nas escolas em forma de contrapartida das bolsas, que transformam os modelos de educação e ampliam as possibilidades de aprendizado.
No entanto as incertezas sobre a continuidade do Pibid, mantido pelo governo federal, estão preocupando estudantes dos cursos de licenciatura, professores da educação básica e superior que participam do Pibid em todo o Brasil desta forma a Universidade Federal de Pelotas constituída pelo corpo de bolsistas, coordenadores, supervisores e comunidade escolar realizamos uma mobilização no dia 15 de outubro, data em que se comemora o Dia do Professor, em frente ao Largo do Mercado Público na Praça Coronel Pedro Osório, 101, no Centro de Pelotas, das 14h00min. às 18h00min. Nosso objetivo era chamar a atenção do governo e da sociedade pedindo a manutenção do programa e das políticas públicas de educação.

Damos início a mobilização com uma performance criada por nós bolsistas da Dança o qual em nosso discurso performático apresentamos um texto escrito por nós, que buscou chamar atenção para situação atual, apontando o questionamento de: Cadê a Pátria Educadora?
Após a apresentação deu-se início as atividades; o Curso de Teatro trouxe jogos de improvisação com materiais, os bolsistas da pedagogia levaram brinquedos, cartazes e realizaram a hora do conto ao ar livre. A matemática expos seus trabalhos realizados nas escolas, levou jogos como: Tangram e Torre de Hanoi, a Biologia por sua vez estava com banners e apresentou alguns alimentos contidos na pirâmide alimentar, o curso de geografia apresentou a teia e a música realizou apresentações acústicas.
Após estes momentos começou a apresentação do curso de música que a cada exposição cantada se dava a oportunidade para os demais integrantes deste manifesto de se pronunciarem audivelmente no microfone, apontando sua repulsa e resultados positivos apontados em suas escolas.
Fizemos barulho, colocamos a cara a tapa e mostramos o real motivo pelo qual lutamos por esse projeto!!!
Não quero perder essa indignação: Eu sou professor! A sala de aula é meu lugar político e é lá que eu vou conscientizar sobre essa barbárie.
 Mais educação! Mais diálogo, Mais dança. Não a escolarização, sim a educação reflexiva! Por mais arte nas Escolas.
 Por uma educação melhor! Pibid na Escola! Lutamos pelo seu direito a educação.
Cadê a Pátria Educadora? A união faz a força! Pibid não é qualquer coisa!"(Bolsistas Curso de Dança- Licenciatura 2015).
Chegamos ao fim da mobilização com a apresentação conjunta dos cursos de Dança e Música.
Após ter repercutido na sociedade, em nossa reunião de área chegamos à conclusão que muitos pibidianos não compareceram a mobilização e que a maioria expos somente as suas atividades realizadas nas escolas, ao nosso ver sendo assim, tão-somente o curso de Dança-Licenciatura foi o que cumpriu o real objetivo pois, os demais “esqueceram” que estávamos lá também para reivindicar nossos direitos e propagarmos a importância da permanência do Pibid.

#SomosTodosPibid  #FicaPibid









Por: Joice Soares / Ramon Granado / Rosângela Domingues/ Thays Reis



segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

A Pantomima e uma aula de “dança na natureza”


Em frente a um dicionário online, construindo um caminho que se inicia na busca por entender o que é a tal da Pantomima, tem-se que a palavra em si equivale à Mímica, que, seguindo os “cliques”, por sua vez aparece como sendo o feminino e/ou o que faz um Mímico, esta ultima que enfim nos leva a palavra Mimo.
De surgimento controverso e como o próprio dicionário diz, a pantomima é a arte de comunicar com movimentos; representar emoções, ideias, paixões, por meio de gestos.  Ou seja, expressar a natureza humana sem a utilização de palavras ou quaisquer recursos que não o próprio corpo.
A Pantomima tem papel importante na história da Dança: Jean-Georges Noverre acreditava que somente “o passo” não era suficiente para exprimir sentimentos; inquietação esta que foi fator determinante para a Dança se tornar autossuficiente e independente das outras artes. Pois de modo inédito, associou as duas, pondo em foco as possibilidades expressivas do corpo.

“Com um curto alcance de significação, o vocabulário dos passos codificados carecia ser unido ao repertório da pantomima. Desde o início, portanto, po-se como questão o que cabe ao corpo fazer para configurar uma obra de dança: ser capaz de expressar emoção. Esta hipótese carrega, na sua formulação, embora não de forma explícita, a compreensão de que os traços iniciais do percurso em direção à autonomia passam pela expressividade: 1) para ser autônoma, a dança deveria ser uma arte expressiva; e 2) o tipo de movimento feito pelos corpos que dançavam não se mostravam adequados para ‘imitar as paixões da alma’ e, por isso, necessitavam da pantomima.” (KATZ, p. 164)

Temos então que pantomima é imitação e “Na história da Dança, o movimento imitativo é de enorme importância, pois a primeira dança organizada do homem originou-se na magia imitativa e teve por modelo a própria natureza.” (OSSONA, p.36 )
Sendo assim, tendo como público alvo crianças do primeiro ano do fundamental, as acadêmicas Jaínne Ladeira e Jéssica Carvalho elaboraram plano de aula com tema A Dança na Natureza. O plano foi primeiramente utilizado por elas próprias com alunos da Escola Alcides e recentemente, após pequenas adaptações, foi reutilizado com os pequenos da Escola Campos Barreto, pela acadêmica Alice Iturriet.
A aula na Escola Campos Barreto iniciou com vídeos de passarinhos dançando, seguida de mímica de animais (passarinho, gato, tartaruga, elefante, cachorro, etc). A partir daí iniciando a narrativa: Uma cobra que enrolada dormindo sonha que é um cachorro, que come um sapo, que come uma pedra, se transforma na própria pedra, que se transforma no animal que mais gostou. Finalizando com uma festa na floresta.
A cada animal as crianças foram estimuladas a explorar suas movimentações típicas, o que acaba por trabalhar Fatores de Movimento, exploração do espaço e conexões corporais, como cabeça-calda por exemplo.
Próximo ao fim da aula, percebendo a inquietação de três meninas que perguntavam se não iríamos ter aula de dança, foi utilizado de estopim um vídeo de animação infantil A dança do Pocoyo (vide referências), no qual o personagem principal se frustra tentando imitar seus amigos dançando, concluindo que não sabe dançar, mas descobrindo no final que todos podem dançar, pois cada um tem a sua dança e seu modo de dançar.
Para finalizar a professora titular fez um fechamento no qual além de perguntar aos alunos se haviam gostado, incitava cada um a pensar como havia sido sua participação na aula.

Por Alice Braz Iturriet


Referências e obras/ textos relacionados:

A Dança do Pocoyo: https://www.youtube.com/watch?v=aaOKTujfcuk

Mas o que é essa tal de pantomima? http://tagcultural.com.br/mas-o-que-e-essa-tal-de-pantomima/

http://www.infoescola.com/teatro/pantomima/

KATZ, Helena. Por uma dramaturgia que não seja uma liturgia da dança. Dispnível em http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v10i0p163-167

MONTEIRO, Mariana. Noverre: Cartas sobre a Dança. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, FAPESP, 2006.

OSSONA, Paulina [tradução Norberto Abreu e Silva Neto]. A educação pela dança. São Paulo: Summus, 1988.