Nos dias 23, 24 e 25 de setembro aconteceu e Caxias do Sul o VII Salão de Dança do RS, que contou com a participação de alunos e professores de cursos de licenciatura de todo o estado do RS. Na oportunidade foi apresentado pelo pibidiano Robson Porto, sob a orientação da professora Flávia Marchi, um relato de experiência sobre uma oficina de Dança de Salão ministrada na Escola Areal da cidade de Pelotas RS.
A oficina foi ministrada por quatro acadêmicos participantes
do PIBID DANÇA UFPel para três turmas de terceiro ano do Ensino Médio. Os
alunos, com faixa etária entre 16 e 18 anos, em sua maioria, não tinham
experiência em dança de salão. De forma a facilitar o desenvolvimento da
oficina, os professores regentes das turmas acompanharam a atividade prática.
Na oportunidade, realizamos alguns exercícios de percepção rítmica, buscando bater os pés contra
o chão e bater palmas em consonância com a música, de forma a aquecer a
musculatura e já entrar em contato com o ritmo e a musicalidade do forró.
A
partir do aquecimento, os alunos foram divididos em duplas para a realização de
uma dinâmica, que consistia no seguinte: um aluno da dupla era vendado e o
outro passava a ser os olhos de quem estava vendado e guiava o colega pela
sala, não permitindo que houvesse choque entre as duplas, de forma a exercitar
a condução e a confiança, fatores essenciais para a dança de salão.
Essa
atividade possibilitou aproximar os alunos e falar sobre o contato, que muitas
vezes é um tabu dentro das escolas. A partir da atividade, eles praticaram a
condução e a recepção da condução sem resistir, pois para eles era uma
brincadeira.
Logo,
os conduzidos tiraram as vendas, e começamos a estudar os passos básicos e a
transição entre eles, em duplas, que estavam conectadas apenas pelas mãos. Os
alunos bem mais relaxados que no início, participaram e se esforçaram para dar
conta das solicitações dos ministrantes. Surpreendentemente, os alunos pediram
para começar a dançar na posição tradicional de dança de salão, que achávamos
que eles resistiriam, o que nos deu a oportunidade de explicar de que forma os
condutores e conduzidos se comunicam durante as danças de salão.
Por
fim, organizamos os alunos em um grande círculo e provocamos que eles se
movessem nesse círculo sem que batessem nas outras duplas, explanou-se sobre o
funcionamento de um baile de dança de salão, e permitimos que os alunos
dançassem algumas músicas com a orientação dos ministrantes, de forma a
experimentar dançar forró como se estivessem em um baile desse gênero de dança.
Após
a realização da prática, pedimos que os alunos comentassem sobre a experiência
que tiveram conosco, expressando a forma que se sentiram. Os relatos foram bem
interessantes, pois os alunos solicitaram que aquela prática acontecesse de
forma regular na escola, que havia se sentindo muito bem, apesar da resistência
do início.
A experiência
foi de grande relevância para a nossa formação, pois nos colocou em contato com
o ensino de dança de salão na escola, de forma a experimentarmos na prática as
potencialidades e os limites de trabalhar esse conteúdo na Educação Básica. Com
isso reforçamos a necessidade de discutir o tema, uma vez que a dança de salão,
devido as suas possibilidades poderia estar mais presente na escola.