ALGUNS CAMINHOS PERCORRIDOS PELA DANÇA
NA EDUCAÇÃO FORMAL NO BRASIL: CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Ramon de Oliveira Granado (UFPel)
Robson Bordignon
Pólvora (UFPel)
Josiane Franken
Corrêa (UFPel)
RESUMO:
Este estudo traz informações para entendermos melhor o processo que a área da
Dança passou e tem passado para conquistar seu espaço no contexto escolar. Com
o objetivo de apontar os principais caminhos legais e acadêmicos percorridos
para fazer legítimo seu espaço de atuação dentro do ensino formal da Educação
Básica, dividimos a pesquisa em quatro momentos: 1) Os caminhos legais
percorridos; 2) Antes das leis; 3) O curso de licenciatura e 4) O PIBID no
contexto da dança. Utilizamos da pesquisa bibliográfica e documental para, de
forma breve, trazer neste trabalho algumas informações possíveis de serem
encontradas nas redes de informação digital. E com isso analisamos que, um
primeiro espaço de atuação do licenciado em dança na Educação Básica pode ser
conquistado ainda durante a graduação através do Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência – PIBID.
Considerações
Parciais
Podemos perceber que o
processo legislativo é lento, mas com a luta incessante daqueles que entendem a
Dança como um meio de ação artístico-pedagógica de grande importância na
Educação, já podemos colher alguns frutos. Analisamos também que alguns autores
que discutem e dialogam sobre a dança na educação, não necessariamente tiveram
sua graduação em licenciatura em Dança, mas investiram num exercício contínuo
de estudo e aperfeiçoamento na Área para suprir esta demanda e nos ajudar a
conquistar o espaço que estamos adentrando a cada dia mais, como por exemplo,
Isabel Marques.
No que tange aos cursos de
Licenciatura em Dança, percebemos que o acesso a uma graduação específica aumentou
consideravelmente, mas está longe de suprir a necessidade na relação de número
de professores e número de escolas no Brasil, até porque se analisarmos
geograficamente a localização dos cursos de graduação em Dança – Licenciatura,
ainda estão muito centralizados na região sul e sudeste do país. Este é um dado
preocupante, já que há um decreto de lei que estabelece a obrigatoriedade do
ensino de Dança na Educação Básica e sua adequação em cinco anos.
Ou seja, existe a
contradição de que, por um lado, o desejo de muitos professores de Dança irá se
tornar realidade e poderemos finalmente ver as escolas com seu espaço na grade
curricular reservado para a Dança e, por outro lado, teremos uma situação
complicada, pois é provável que outros professores, sem formação específica e
muitas vezes pouco preparados, irão assumir esta novidade imposta pela
legislação brasileira ou, não haverá quem assuma a disciplina e mais uma vez as
escolas ficarão sem o horário da Dança.
Por outro lado, é positivo
considerar que com os cursos de graduação já existentes e a atuação dos
estudantes universitários através do PIBID de Dança nas Instituições de Ensino
Superior a comunidade escolar e a sociedade começam a legitimar o espaço de
atuação do Professor de Dança no Ensino Formal.
Constatamos também, que
somente 21 das 30 Instituições de Ensino Superior com Licenciatura em Dança
encontradas no site e-MEC, fazem parte do PIBID. Necessitaríamos então, de maiores
investimentos e procura pelo programa, já que acreditamos ser um dos grandes
passos conquistado por futuros docentes de Dança.
Para concluir, podemos considerar que estes
são somente alguns apontamentos de informações encontradas até o momento que
giram em torno de da temática tratada neste trabalho e vemos como necessário, a
continuidade desta pesquisa, assim como maior aprofundamento e embasamento dos
conteúdos pesquisados.